quarta-feira, 18 de abril de 2012

Goias , Comissão Mista Deputados aprovam projetos do Governo, incluindo crédito especial de R$ 10 milhões à Agetop, para investimento em escolas.

Fonte:www.assembleia.go.gov.br/noticias

Os deputados, durante reunião da Comissão Mista realizada nesta quarta-feira, 18, aprovaram nove projetos da Governadoria do Estado. Dentre as matérias, está o projeto de lei nº 1.236/12, que autoriza a abertura de crédito especial em favor da Agetop, no valor de R$ 10 milhões, destinado à elaboração de projetos e execução de obras para construção, reforma, ampliação e adequação de unidades escolares. As proposituras seguem agora para a apreciação do Plenário, em duas votações.

Confira a lista dos projetos aprovados hoje:

Projeto de lei nº 1.334: Visa instituir gratificações por serviços prestados na Secretaria Estadual de Saúde. A matéria havia sido lida em Plenário na última quarta-feira, 11. De acordo com o governador do Estado, Marconi Perillo (PSDB), o objetivo da proposta é compensar e estimular o servidor, ocupante das funções de médico, enfermeiro e técnico em radiologia, em efetivo exercício da pasta, integrando a força-tarefa da Saúde.

A gratificação será concedida nos seguintes moldes:

a) Aos profissionais médicos, no valor de R$ 2.500,00;

b) Aos profissionais enfermeiros, a diferença entre a remuneração percebida e o valor de R$ 4 mil;

c) Aos profissionais técnicos em radiologia, a diferença entre a remuneração percebida e o valor de R$ 2.895,90.

O impacto financeiro previsto é da ordem de R$ 5.225.488,13 mensais, no exercício de 2012 e 2013;

Projeto de lei nº 664/12: Introduz alterações na Lei nº 15.109, de 2 de fevereiro de 2005, que, por sua vez, dispõe sobre a Política Estadual de Cooperativismo. Segundo a Governadoria, o objetivo da proposta é atualizar e adequar a referida lei, que implantou no Estado nova organização administrativa do Poder Executivo, em que os órgãos e entidades estaduais tiveram suas estruturas organizacionais alteradas;

Projeto de lei nº 673/12: Autoriza a abertura de créditos especiais ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) de Goiás, no valor global de R$ 2,78 milhões. O recurso destina-se à execução do Projeto de Controle e Fiscalização da Administração Pública Estadual. O relator da matéria é o deputado Francisco Júnior (PSD).

Ao encaminhar o projeto ao Legislativo, a Governadoria esclareceu que o pleito será viabilizado à conta de recurso proveniente de anulações parciais de dotações orçamentárias, em conformidade com o disposto no artigo 43, parágrafo 1º, inciso III, da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964;

Projeto de lei nº 918/12: Altera a Lei nº 17.280/2011, que, por sua vez, dispõe sobre a isenção do ICMS na operação interna com milho, destinada ao industrial goiano.

A matéria altera o artigo 1º da referida lei, isentando do ICMS as operações internas com milho adquirido por estabelecimento industrial, em leilão promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), empresa pública federal vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

A matéria recebeu votos contrários dos deputados Mauro Rubem (PT), Karlos Cabral (PT), Wagner Siqueira (PMDB) e Daniel Vilela (PMDB).

Projeto de lei nº 1.234/12: Introduz alterações no texto da Lei nº 15.640/2006, devido às modificações ocorridas na Lei nº 16.934, de 2010.

A proposta introduz alterações em seis incisos do 1º artigo da referida lei, que trata dos fundos rotativos das Unidades Administrativas Básicas e Complementares da PM, considerando que esses comandos sofreram modificações na sua estrutura organizacional e na nomenclatura.

Assim, mantém-se o valor de R$ 10 mil para os seguintes comandos, hoje nomeados como: de Tecnologia da Informação, de Gestão e Finanças, de Correções e Disciplina, de Apoio Logístico, de Saúde e de Ensino Policial Militar.

O projeto ainda acrescenta três incisos ao mesmo artigo. Passam a receber também o fundo rotativo, no valor de R$ 10 mil, o Comando da Academia de Polícia Militar, e o 15º e 16º Comando Regional de Polícia Militar (CRPM), sediados em Goiânia e Abadia de Goiás, respectivamente.

Segundo justificativa apresentada, a aprovação dos fundos é necessária visto que os comandos de direção não possuem recursos para atender as necessidades de caráter de urgência e pagamentos de baixo custo;

Projeto de lei nº 669/12: Modifica dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases do Sistema Educacional do Estado de Goiás.

Com a alteração, o processo de escolha dos dirigentes universitários da Universidade Estadual de Goiás (UEG) passa a se adequar ao sistema federal, e será feito mediante eleição para composição de listas tríplices. Os nomes escolhidos deverão ser apreciados pelo Governador do Estado.

A proposta foi objeto de acaloradas discussões entre os parlamentares. Manifestando-se contra a matéria, o deputado Luis Cesar Bueno (PT) afirmou que a sua aprovação pode acabar com a democracia na Universidade Estadual de Goiás. Ele disse que a matéria representa um retrocesso para a educação no Estado.

O deputado Wagner Siqueira (PMDB) fez coro ao colega, afirmando que "o princípio deixa de partir do aluno e passa a ser político-partidário. Quem sabe da vida universitária são os alunos, os professores”.

O deputado Tulio Isac (PSDB), da base aliada do Governo, defendeu o projeto e disse que este ao menos permite a escolha de três candidatos, ao invés de indicar um único candidato para a reitoria da universidade. "O Governador, pelo menos, dá três opções para a escolha dos reitores", disse.

Atendo-se ao aspecto mais técnico da discussão, o líder do Governo na Casa, deputado Helder Valin (PSDB), afirmou que a matéria busca apenas adequar a instituição de ensino à legislação praticada em outros Estados da Federação. "A USP, maior universidade estadual do Brasil, adota esse tipo de seleção. Atualmente, diversas universidades utilizam esse critério, obedecendo à Lei de Diretrizes e Bases. Na verdade, a UEG está se adequando a um processo já aplicado na maioria das universidades do País", ponderou.  

Daniel Vilela (PMDB), da oposição, disse que a aprovação da proposta poderá ocasionar o surgimento de novos protestos por parte dos docentes, nas dependências da Assembleia Legislativa. "Quero alertar os colegas de que poderão haver, novamente, novos protestos por parte dos professores", disse.

Votaram contrariamente à matéria os deputados Luis Cesar Bueno, Daniel Vilela, Isaura Lemos (PCdoB), Karlos Cabral (PT) e Bruno Peixoto (PMDB). O deputado Lnicoln Tejota (PSD) se absteve de votar;

Projeto nº 1.080/12: Revigora até 31 de dezembro de 2012 a prorrogação do prazo de adequação dos fundos rotativos da Secretaria de Saúde às disposições da Lei Complementar nº 64. O parecer do relator Helio de Sousa (DEM) é favorável à matéria.

Votando em separado, o deputado Luis Cesar Bueno (PT) pediu que a prorrogação do fundo não aconteça novamente. Ele afirmou que a Secretaria de Estado da Saúde vem prorrogando a questão do fundo rotativo sem resolver o problema do abastecimento nas unidades de Saúde. "Nós manifestamos nosso voto favorável à dilação do prazo, mas rogamos à Casa que essas sucessivas prorrogações não venham ocorrer mais. Ou se institucionaliza o fundo como recurso permanente à Saúde, ou, do contrário, vamos viver sempre com este tipo de projeto", afirmou.

A Comissão Mista aprovou ainda a proposta parlamentar n° 646/12, que altera a Lei n° 17.544, que, por sua vez, orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2012. De acordo com a propositura, a medida visa atender cidades com menor número populacional, porém com um potencial turístico considerável. “O intuito da alteração proposta é aprimorar a norma, excluindo os limites e critérios previstos no art. 16, quando excetua os recursos oriundos de emendas parlamentares”, afirmou Frederico Nascimento (PSD), autor da proposta.

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