Em nota, enviada ao G1, a empresa afirma que está em
andamento uma auditoria no escritório regional da Delta Construção no
Centro-Oeste e que a regra de fornecimento à empresa "é para que todas
as operações se dêem mediante contratos". Na nota a Delta, cita ainda
que possui mais "46 mil empresas fornecedoras em seu sistema de compra
de produtos, serviços, aluguel de máquinas e equipamentos" e afirma que
vai apresentar argumentos quando for citada pela Justiça. (Veja a
íntegra da nota ao final do texto).
Segundo “O Globo”,
Cachoeira usou duas empresas de fachada — a Brava Construções e a
Alberto & Pantoja — para movimentar, entre 2010 e 2011, R$ 39
milhões, supostamente transferidos pela Delta para as contas dessas
empresas.
Os saques, diz o jornal, eram feitos pelo tesoureiro de Cachoeira,
Geovani Pereira da Silva, único foragido da Operação Monte Carlo, da PF,
que resultou na prisão de Cachoeira. As retiradas eram pouco inferiores
a R$ 100 mil, valor que exigiria comunicação ao Conselho de Controle de
Atividades Financeiras (Coaf), informou "O Globo".
De acordo com o jornal, a Delta, empreiteira com mais contratos do
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), recebeu, ano passado, R$
884,4 milhões da União.
Relatório da Polícia Federal ao qual "O Globo" teve acesso indica que
parte dos saques foi em período eleitoral: “113 saques em espécie entre
13/08/2010 e 18/04/2011”. Segundo os documentos, os supostos sócios da
Brava e da Alberto & Pantoja são “bonecos, montados para os fins da
organização criminosa” — alguns teriam tido os nomes modificados para
que fossem criados CPFs falsos.
Saques
A “Folha de S.Paulo” aponta que o tesoureiro de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, fez saques de R$ 8,5 milhões em dinheiro supostamente transferido pela Delta Construções. De acordo com o jornal, os saques foram feitos em 2010.
A “Folha de S.Paulo” aponta que o tesoureiro de Cachoeira, Geovani Pereira da Silva, fez saques de R$ 8,5 milhões em dinheiro supostamente transferido pela Delta Construções. De acordo com o jornal, os saques foram feitos em 2010.
Uma das hipóteses da investigação da PF e do Ministério Público,
segundo o jornal, é se o dinheiro teria sido utilizado para fins
eleitorais.
Segundo o jornal, o tesoureiro sacou os recursos de uma conta bancária
em nome da Alberto & Pantoja Construções e Transportes Ltda, que
teria sido criada em 2010 apenas para receber dinheiro da Delta.
Ainda de acordo com a reportagem, no dia 11 de maio de 2010, a empresa
abriu uma conta bancária em Anápolis (GO), terra natal de Cachoeira.
Passados 11 dias, a Delta teria começado a transferir dinheiro para essa
conta. Passadas 72 horas do primeiro depósito, o contador de Cachoeira
começou a sacar o dinheiro, de acordo com a polícia. A conta corrente da
empresa foi encerrada em agosto do ano passado.
Segundo a "Folha de S.Paulo", a assessoria da Delta disse que as
informações das investigações da Polícia Federal são de um inquérito
preliminar e que dará resposta ao "foro judicial adequado" quando for
solicitada.
Veja a íntegra da nota enviada pela empresa Delta ao G1.
"Essas informações foram publicadas pelo jornal O Popular, de
Goiás, na última quarta-feira. As informações são oriundas de inquérito
preliminar da Polícia Federal. A Delta Construção tem mais de 46.000
empresas fornecedoras em seu sistema de compra de produtos, serviços e
aluguel de máquinas e equipamentos. A regra de fornecimento à empresa é
para que todas as operações se deem por contrato. Quando a empresa for
instada a apresentar motivos e argumentos ela o fará no foro judicial
adequado. O "Geovani" em questão a que o jornal Folha de S. Paulo se
refere não era funcionário da Delta Construção. Há uma auditoria em
curso no escritório regional da Delta Construção no Centro Oeste."
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