A campanha eleitoral em Catalão deve ser uma das mais disputadas do
interior, diz o presidente do PMDB local, Danúbio Castro. Mas a
legenda, ele garante, não tem pressa em definir o candidato. De acordo
com o presidente, existem duas pré-candidaturas, a de Adib Elias e a do
prefeito Velomar Rios. Uma definição neste momento seria prejudicial “ao
bom andamento da administração.”
“Por
isso, o martelo só será batido em junho”, frisa. A data coincide com o
período limite que o ex-prefeito Adib Elias tem para resolver suas
pendências com a Justiça.
Segundo a Executiva local do PMDB, o parceiro preferencial da legenda
em Catalão é o PT, partido com o qual tem dialogado constantemente. A
ideia é manter a aliança que já existe — o PT ensaia candidatura
própria.
O PMDB também conversa com os demais partidos da base do prefeito. A
expectativa é montar pelo menos três chapas “competitivas” de candidatos
a vereador. O número de aliados ainda não está fechado, mas o PMDB
almeja caminhar com cerca de dez partidos. Compõem a base de Velomar
Rios o PT, PSC, PCdoB, PRB e o PTC. O partido busca aliança com o PDT.
Se o prefeito disputar reeleição, a tendência é que o vice (Dorival
Miranda Duarte, PMDB), continue o mesmo. “Se o nosso candidato for o
prefeito Velomar, seria quase que natural que o vice continuasse o
mesmo, já que os dois vêm realizando belíssimo trabalho, com total
sintonia”, diz o presidente peemedebista Danúbio Castro, emendando
que, apesar de sua opinião, o nome não está decidido e que o vice não
foi ouvido sobre esta possibilidade.
Questionado sobre as características do vice, Danúbio diz que ele deve
ser uma pessoa da confiança do candidato a prefeito. Enfatiza que não há
nenhuma restrição aos postulantes ao cargo de vice, desde que venham
para somar e estejam em perfeita sintonia com o candidato. Pode ser do
PMDB ou de partido aliado. A decisão não deve sair por agora.
O presidente falou sobre o trabalho que Velomar Rios tem feito na
cidade. Ele diz que o prefeito tem planejamento arrojado de obras e
serviços para 2012. Segundo ele, em janeiro deste ano foi dada ordem de
serviço para construção de 644 apartamentos em parceria com a Caixa
Econômica Federal e obras de esgoto sanitário para que Catalão tenha 85%
de esgoto coletado e tratado.
O presidente do PMDB local também cita a construção de três
creches-escolas e licitação de asfalto para acelerar o objetivo de
asfaltar 100% das ruas do município. O benefício também vai atender os
distritos de Santo Antônio do Rio Verde e Pires Belos.
Velomar é avaliado por políticos da cidade, inclusive da oposição, como
um homem “sério e trabalhador”, mas sem muito brilho e jogo de cintura.
Nos bastidores, comenta-se que ele tem muita vontade de disputar a
eleição — o que é natural. E que só cederá se não houver alternativa.
Embora o prefeito seja amigo de Adib Elias — e tenha sido eleito graças a
ele — a torcida é para que continue no Executivo.
O prefeito Velomar Rios não foi localizado pelo
Jornal Opção.
PT só abre mão de candidatura própria se tiver a vice e mais espaço
O PMDB faz questão da aliança com o PT, afinal, o partido é o maior
aliado que os peemedebistas têm hoje. No entanto, se depender da vontade
do PT a legenda lançará candidatura própria. Aliás, o petista Álvaro
Barbosa de Souza, mais conhecido como Álvaro da Aducat, já trabalha para
viabilizar candidatura. O petista está em Catalão desde 1984 e é
empresário desportista. Comenta-se que ele é bem relacionado com o
ex-presidente Lula.
O secretário de Trabalho e Renda e presidente local do PT, Emival
Mamede Leão, assegura que os trabalhos caminham em torno de candidatura
própria. O partido tem mantido conversas com o PDT e com o PCdoB
(legendas, hoje, aliadas do PMDB). A ideia é formar uma candidatura de
“esquerda” na cidade. O nome do sindicalista Carlos Albino (PDT) é
ventilado para a vice.
Questionado se o lançamento de candidatura própria é consenso no PT,
Emival responde que o projeto é aprovado pelo diretório local. Mas
ressalta que existem dois caminhos: lançar Álvaro da Aducat ou continuar
na aliança com o PMDB. Em troca, o principal partido da base aliada
quer figurar na chapa majoritária (com a vice) e aumentar a participação
no governo. Atualmente, o PT tem duas secretarias, a de Trabalho e
Renda e a de Meio Ambiente.
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