A reunião entre trabalhadores rurais de Catalão, no sul de Goiás, e o Ministério Público terminou sem acordo na tarde de quinta-feira (12). O objetivo do encontro era solucionar o impasse entre trabalhadores do Movimento Camponês Popular (MCP) de Catalão e um banco da cidade, que segundo os manifestantes, teria tomado na Justiça uma propriedade rural de um casal de trabalhadores para quitar uma dívida junto ao banco.
No fim da tarde de quinta, os trabalhadores rurais, os donos da terra e representantes do banco se reuniram no Ministério Público. O encontro durou mais de uma hora e terminou sem acordo.
“Existe um processo judicial, uma ação de execução, na qual houve a arrematação de um bem e a parte devedora está questionando essa arrematação. Cabe ao Poder Judiciário decidir se vai ser mantida ou não”, explica o promotor Roni Alvacir Vargas. Segundo ele, o confronto entre manifestantes e policiais também será investigado pelo MP.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Goiás, o deputado Mauro Rubem, foi a Catalão para saber mais detalhes sobre o caso. “Os estudantes e camponeses aqui estão se sentindo ameaçados. Nós vamos dar sequência nessa denúncia de violação dos direitos humanos na Assembleia Legislativa”, declarou o deputado.
Já são três dias seguidos impedindo a entrada de clientes e funcionários na agência bancária e a direção do movimento disse que vai continuar com os protestos. Eles chegaram a ameaçar que podem fechar agências também em outras cidades.
A assessoria de imprensa do banco informou que ofereceu 80% de desconto para que a dívida fosse quitada, mas a família não aceitou e agora o caso deverá ser decidido pela Justiça.
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