terça-feira, 8 de maio de 2012

Consumo e venda de crack crescem em Rio Verde, afirma PM de Goiás Na última semana, 15 pessoas foram detidas vendendo e usando a droga. Entre os usuários flagrados pela polícia, estão um idoso e uma grávida.


Durante uma operação da Polícia Militar (PM) na última semana, 15 pessoas foram detidas consumindo e comercializando crack, em Rio Verde (GO). Em um ginásio de esportes de um bairro popular, os policiais encontraram nove homens vendendo e usando o entorpecente. Segundo a PM, o tráfico de drogas e o número de usuários têm crescido no município.
“Todos os suspeitos detidos têm passagem pela polícia por roubo e até homicídio. Entre eles, encontramos o sobrinho de um traficante da região, que estava com uma grande quantidade de dinheiro”, relata o policial militar Sidney de Jesus.
O município está entre os 187 mapeados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) como os locais no estado onde o consumo da droga cresce diariamente. Como acontece principalmente nos grandes centros urbanos, os usuários também estão invadindo áreas abandonadas e locais isolados em Rio Verde.A TV Anhanguera esteve em um deles juntamente com a PM. “Esse local é utilizado para consumo e vendas de drogas. Eles quebraram o muro e invadiram a casa, onde cerca de 20 usuários fazem trocas e vendas de produtos furtados”, explica o tenente da Polícia Militar Edimar Ferreira.
Entre os usuários flagrados pela polícia, uma mulher grávida de cinco meses confessou à PM que consome crack diariamente. “Fumo muito. É uma média de seis pedras por dia e, às vezes, consumo até mais”, afirma a dependente. Já um rapaz calcula que gasta quase R$ 100 por dia com as drogas. “Capino casas para comprar as pedras”, conta.
Com o problema se agravando, a Polícia Militar chegou a mapear áreas consideradas como cracolândias. A TV Anhanguera acompanhou uma operação e, durante uma abordagem, um homem de 60 anos declarou que há dois anos é viciado em crack e não consegue abandonar a droga.
Ele mora na zona rural de Rio Verde e vai até a cidade escondido da família. “Estou gastando todo o dinheiro. Em vez de comprar coisa para família, acabo gastando com isso aqui. Quero sair dessa vida o mais urgente possível”, comenta.

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