A polícia já sabe o local onde foi realizado o suposto ritual de magia negra, quando coração e fígado de um homem morto teriam sido comidos, na cidade de Pires do Rio, a 142 km de Goiânia. Segundo o delegado responsável pelo caso, Eduardo Eustáquio Rezende Miranda, o ritual teria acontecido logo após o crime na casa de uma mulher conhecida como “Negona”.
Segundo a polícia, cinco usuários de droga estavam em um casebre abandonado consumindo crack e, após uma discussão, um deles acabou morto. De acordo com o delegado, três pessoas confirmaram que houve um ritual na casa desta mulher para comer os órgãos. O ato de canibalismo aconteceu entre os dias 11 e 12 de janeiro.
“Depois de matar a vítima introduzindo um saco plástico na cabeça, os suspeitos colocaram os órgãos em um saquinho e foram até a casa desta 'Negona', que fica na cidade mesmo. Nós não sabemos o nome dela ainda, mas temos o local onde ela mora e iremos até lá. Todos assistiram à morte e rodavam uma latinha de cerveja, utilizada como cachimbo, com o crack”, explica o delegado.
De acordo com o delegado, a mulher participa de rituais em um centro de magia negra na cidade. Ele conta que a polícia já esteve na casa dela, mas não a encontrou: “Nós estivemos lá no sábado, mas ela está fugindo. Agora, nós vamos voltar ainda nesta segunda-feira”.
O corpo da vítima de 32 anos só foi encontrado 15 dias depois, às margens de um córrego, já em estado de decomposição. Na última semana, quatro meses após o crime, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) ficou pronto. O documento confirmou que após ser morto, o homem teve o fígado e o coração retirados. “O que causou espanto foi justamente o fato de algumas vísceras estarem preservadas, mas a ausência quase total do coração, de cerca de 50% do fígado e boa parte dos pulmões”, afirma o médico legista Marcellus Arantes.
O principal suspeito, um homem de 35 anos, foi preso na quarta-feira (16) em Lago Grande, no interior de Minas Gerais. Três pessoas que também teriam participação no assassinato estão na cadeia da cidade desde abril. Todos, segundo o delegado, participavam de rituais na cidade. Os quatro negam o crime.
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