quinta-feira, 7 de junho de 2012

PT desafia PMDB e banca nome em Catalão


Jardel Sebba, Adib Elias e Velomar Rios: o primeiro tem menos desgastes e os peemedebistas mantinham ligação com Cláudio “Cachoeira” Abreu
















A eleição de Catalão deve ser uma das complicadas do Estado. Na semana passada, Adib Elias (PMDB) trabalhou duro, com seus advogados, para tentar ser candidato a prefeito. Não obteve uma resposta positiva, mas acredita que ainda pode conseguir, mas o tempo está passando e faltam apenas 27 dias, contando a partir de domingo, 3, para o término do prazo da convenção Tudo indica que, diante da dúvida, Adib vai entregar os pontos e, deste modo, deve permitir que o prefeito Velomar Rios (PMDB) apareça publicamente como candidato à reeleição. Velomar estaria se sentindo humilhado, por ter de esperar a decisão de Adib, mas possivelmente nesta semana comece a fazer os preparativos para a convenção. Na semana passada, ele disse a um jornalista local que Dorival Miranda deve permanecer como seu vice.

As pesquisas mostram Adib e Jardel Sebba tecnicamente empatados. Jardel supera com facilidade Velomar. O empresário petista Álvaro Barbosa, embora não seja uma ameaça, começa a pontuar melhor nas pesquisas. As qualitativas indicam que a sociedade local vê Velomar como o novo que deu errado e desconfia de Adib como nunca desconfiou antes. As pessoas afirmam que são muitas as denúncias de irregularidades e que, assim, não devem resultar apenas de perseguições políticas. A ligação com Cláudio “Cachoeira” Abreu, o diretor afastado da Delta Construções e aliado de Carlos Cachoeira, não é invenção de ninguém. Cláudio e Adib eram íntimos e a Delta tem contratos com a Prefeitura de Catalão, supostamente intermediados pelo peemedebista. A ligação de Adib e Velomar com a Delta chocou o eleitorado de Catalão. Jardel e Álvaro são os pré-candidatos com menos desgastes.

Adib tentou “tratorar” o PT, levando-o à força para compor com o PMDB. Mas a facção independente reagiu e buscou reabrir o diálogo com a cúpula estadual. É fato que, no início, a direção regional sugeriu que se fizesse uma composição com o PMDB. Entretanto, diante da reação negativa, ficou acertado que o diretório municipal terá autonomia para decidir se lança ou não candidato a prefeito. O presidente regional, Valdi Camarcio, esteve em Ca­talão e sugeriu que, pelo menos, o PT aceitasse reabrir o diálogo com o PMDB. “Nós dissemos que sim, que, se procurados com decência, e sem pressão, vamos conversar. Mas a tendência é mesmo bancar o Álvaro, que está motivado, para prefeito. De repente, cansados da polarização Jardel versus Adib, os eleitores decidam pela terceira via, por uma alternativa”, diz o vice-presidente do PT, Leonel Safatle.

Safatle frisa que, ao contrário do que “venderam” à cúpula estadual do PT, os índices de Álvaro vão, dependendo de quem está na disputa, de 8% a 12%. “Nós estamos buscando uma aliança com o PDT e com o PHS.” Giovanni Cortopassi, do PHS, é cotado para vice de Álvaro.

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