A Justiça absolveu, nesta terça-feira (18), 17 policiais militares acusados de integrar um grupo de extermínio, denunciado durante a Operação Sexto Mandamento (Não Matarás), deflagrada pela Polícia Federal após denúncia do Ministério Público (MP). Os PMs respondiam pela morte de cinco foragidos da cadeia pública de Rio Verde, na região sudoeste de Goiás, em outubro de 2010.
Para o juiz Fernando César Rodrigues Salgado, da 2ª Vara Criminal de Rio Verde, o MP não conseguiu provar que os policiais capturaram e mataram deliberadamente as vítimas. Na decisão, o magistrado afirma que "os acusados, na qualidade de policiais militares, agiram no exercício do dever legal”.
Segundo o juiz, a versão correta dos fatos é que, acionados pelo Comando do Policiamento Militar que noticiava a fuga dos reeducandos, os policiais militares iniciaram as diligências. Após a localização dos presidiários em local ermo, encontraram resistência armada e, no confronto, trocaram disparos de arma de fogo, que resultaram na morte de cinco fugitivos.
No entanto, o Ministério Público alega que, no dia 10 de outubro de 2003, os denunciados, por motivo torpe e sem chance de defesa, mataram a tiros os presidiários Nairon Rodrigues Silva, Paulino Almeida, Cláudio Antônio Schu, Longuinário Coelho de Andrade e Aleandro Ribeiro Silva. As mortes aconteceram em frente a uma mata localizada no Córrego do Sapo,no Jardim Adriana, em Rio Verde.
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